15 de set. de 2011

DO TERNÁRIO; DO LUCRO IMOBILIÁRIO, etc -- 18°

Para melhor enterder a personalidade do maluco, convém iniciar a leitura pelo 1º discurso, de 2010.

Após a leitura deste,
leia mais, clicando sobre:
--------------------------------------------------------
— ... dividamos tudo em partes iguais, nos conformes do socialismo igualitário. Assim: um pra mim, um pra você, um pra mim...
Continuemos: um pra mim, um pra você, um pra mim...
Terminemos, a justa divisão: um pra mim, um pra você, um pra mim ...
Nesse instante, passa alguém por perto e arrisca...
— Pão Doce, com base nesse seu igualitarismo,  você tá repartindo o que, com quem?
— Estou apenas exercitando-me, mentalmente, para quando me chegue o tão esperado momento de governar. Tomado por meu sentimento de justiça social, usando de meus critérios já ensaiados, estarei repartindo os frutos do trabalho do povo da pátria dos meus sucessos...
De repente, surge e passa um trem em alta velocidade,  lotado de bois. O Pão Doce exclama fingindo surpreendente constatação...
— Viu só, amigo... viu só! a carga desse trem? Vai levando, exatamente, 1.626 bois!
— O que? Como conseguiu contar todos os bois, durante a passagem do trem, em tão poucos segundos?
— Simplifiquei o cálculo. Contei apenas a quantia de patas e dividi por quatro.
— Onde aprendeu calcular com tanta presteza?
— Prezado eleitor... nasci com esse dom. O aperfeiçoamento me veio quando gerenciei Sorocaba. Para governar e manter iludido um povo constituído de criaturas tão sonsas quanto você, é necessário desenvolver habilidades de empulhação,  ao tempo em que também induza a impressão de que tenho cérebro de inigualável inteligência numérica, para governá-las. E assim me farei amado e tratado, sempre, com eufóricas exaltações. É meu estilo de governo!  
— Mas Pão Doce, e os seus auxiliares de governo, que caráter terão? Leve em conta que gestor corrupto se revela pelo perfil dos auxiliares degenerados que nomeia, ou os aceita no governo. Ou, ainda, pela velada coação que exerce sobre governantes sem alma própria, para que nomeiem auxiliares da mesma corja parasitária.
— Caro súdito, agrada-me seu elevado esclarecimento, quanto as artes da minha política real. Serei um grande maquiador de ruas, enquanto os fétidos córregos urbanos permanecerão a céu aberto, mas ocultos entre lixo e matagais. Com tal ilusionismo, seremos sempre considerados de genial talento, elogiados pelo vulgo por nós ludibriado.
— ‘per aí, Pão Doce! Nenhum cidadão, ou político amante da retidão, tem obrigação de referir palavras elogiosas, seja a particulares, a pessoas públicas ou a funcionários corruptos.  Ao contrário, a obrigação é tratá-los como seres que se rebaixaram à condição de escória ética. Se o cão abandonado revolve lixo para matar a fome, então os corruptos do lixão criminoso estão abaixo de vira-latas.
— Isso é o que você imagina! Zombo de sua mente subdesenvolvida, que está se mostrando apartada das magistrais artes políticas do meu acervo. Tanto você quanto os demais à sua semelhança nascem e vivem para nos servir de escoras, para nos enriquecer ao sabermos explorá-los, mantendo-os sob severos regulamentos e leis piratas, porém, vez por outra, amaciados com nossas anestesiantes lábias, em épocas de eleição. Até as mortes dos meus súditos nos fornecerão chances a superfaturamentos e desvios de verbas com base em falsos sepultamentos. Nós, os da minha escola, m'amigo, não somos de desperdiçar oportunidades ...
Parece até que já estou manobrando com a grana do SAAE, do plantio de palmeiras superfaturadas, da reforma do mercado municipal, e de outras tantas verbas da cidade que construí e aguarda meu retorno, sôfrega de ser por mim parasitada. ehehehehhh ...
Impressionado com o cinismo do maluco, um, dentre os poucos que já se juntaram divertindo-se a ouvi-lo, põe mais fogo na cangica...
— É por isso... é pensando em você, Grande Mestre do Jogo Sujo, que o mais eficiente recurso para amansar CORRUPTOS, ARROGANTES E TRUCULENTOS é submetê-los a intensas e infindas humilhações. É o único corretivo eficaz – se eleita a  senil alternativa de mantê-los vivos.
— Nem perco tempo em comentar essa sua tão  rasteira afirmativa... de bravo mas desprezável oponente!
Com essa receita de nojenta honestidade, você seria, imediatamente, internado no manicômio da minha pátria.
     Sua fala induz esta multidão, que nos ouve, a idéias incompatíveis com meus interesses governamentais, também comuns aos da cúpula de hematófagos que darão suporte aos meus efeitos.
Portanto, a retirada de sua pessoa desta praça é conveniente, antes que amostras de agressividade possam lhe acontecer, por essa massa revolta, a mim sempre solidária nas urnas.
Mais outra senhora entra no circuito da gozação...
— Meu infalível mestre filósofo e sábio, Pão Doce... que poderia nos iluminar sobre o tão famigerado ternário: LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE?
— Respeitável senhôoora ! Filósofo, eu? Não! Não é o meu terreiro. Porque filosofia trata de jogo um tanto embaralhado, propício a graves escorregões, conforme os tenho notado, de alguns ícones da área. Deslizes tais como: contradições entre um ponto e outro da linha de argumentação do mesmo mote; o descuido de mais enfatizar o detalhe do que a essência do assunto; a súbita e desconexa passagem de uma idéia a outra, porém, imaginada como de perfeita transição; confusa miscelânea verificada em temas que, apesar de requererem austero encadeamento de idéias densas, são apresentados com enxertos de divagações dogmáticas, vazias, até misturadas a  devaneios místicos e religiosos...  
Portanto, minha subornável eleitora, informo-a que pertenço a outra estirpe de juízos: sou infalível analista das coisas do mundo, principalmente dos fatos que dizem dos humanos e seus relacionamentos gerais.
Nessa função tanto parto do todo para detalhes, bem como me concedo o alvitre de inverter esse percurso da abordagem.
 O debilóide prossegue zombeteiro em sua explanação ...
E quanto atribuir-me a elevada condição de sábio, conforme é de sua constatação, em verdade tenho aceito esse termo representativo, na presunção de que, no meu caso, eu seja considerado bem mais do que sábio. Isto é, eu seja visto, apenas, como detentor de gigantesco acúmulo de experiências analíticas, consolidadas.
Tudo assim posto, minha senhôoora, então, agora, pronuncio-me em relação ao ternário mencionado, diante desta ligadíssima multidão que, por redundância, a proclamo ávida de minhas luzes vocalizadas.
Portanto, senhôoora... do referido ternário retiro o componente Igualdade, substituindo-o por VERDADE.
— Nooossa... Pão Doce! Que apostasia filosófica! Vai mexer em expressão tão consagrada?
— Vai mexer, não! Já mexi!
— Por que maldade o faz?
— Magnanima inquiridora... a maldade, a mim atribuída, fica por conta da ausência do seu parecer ainda não formado sobre a coerente substituição que acabo de lhe apresentar.
Esclareço. Igualdade, senhora, é expressão de rasa, senão, de efêmera valia, se considerarmos que, na maioria das invocações,  a Igualdade trata de leviano nivelamento, de vã tentaviva, ao considerar como iguais os desiguais. Porque, mi’a s’iora, nada há de vivo nesta Terra de tal sorte que um seja igual a outro, em qualquer sentido. De modo que atribuir  Igualdade a desiguais é tarefa para deuses geridos por minha divindade.
Por exemplo. Se estipularmos que é justo o emprego desse componente do ternário, durante o curto evento de preparação básica à jornada vivencial dos humanos, então, sim, nesse caso a Igualdade se faz divisa e base. Todos os meus súditos deverão ter igualdade de oportunidade na preparação básica.
O mesmo ocorre em relação à linha de partida nas  competições esportivas. Todos deverão estar em igualdade de alinhamento. Entretanto, em qualquer caso, dado o tiro de largada, estaremos diante de pessoas desiguais – ainda que assemelhadas – com desempenhos desiguais, em posições desiguais, e em desiguais chegadas. É o que de geral acontece.  
Portanto, é evidente: o tempo de valia da Igualdade é efêmero, enquanto o tempo de duração da VERDADE ... esse tempo não existe, porque, sendo eterna, a VERDADE independe dessa ilusão humana.
Em resumo, a Igualdade é de emprego equivocado, na maioria dos casos de sua invocação. Concorda, senhora?
Se não concorda, também não lhe concedo o direito de contestar-me, por pertencermos a castas diferentes, sendo, a minha, resultado de superiores louros e privilégios acadêmicos. Aos não acadêmicos, pela condição de inferioridade hierárquica, fica peremptoriamente proibida e depreciada a virtude da sua inteligência, bem como suprimido o seu direito a reflexões. Nessas suas condições, sua obrigação é a de renunciar seu cérebro, firmando-se na condição de mera e inferior subordinada...
— Tá atacado, hein Pão Doce! Já tomou quantas, hoje?
— Sem escárnios à gentileza que lhe dedico, senhôoora! E ouça meu complemento à sua pergunta. Prossigo.
Consideremos da VERDADE... Quanto ao significado nem me refiro. Mas os filósofos estão, sempre, a nos dizer que a base, o único motivo, da filosofia é a busca da VERDADE?
Huumm... Estou capataaando... A senhora acaba de se denunciar como expert em filosofia...
— Sim, sou. Como adivinhou?
— Não me confunda, sovina senhôoora! Não sou adivinho, cujo ofício pertence ao lero-lero repetitório dos misticistas e dos das crenças de fé. Apenas deduzi de sua condição, pela repentina vacilação em seu olhar e riso desconsolado – denunciantes do perfeito assentar da carapuça que lancei junto à minha pergunta, relativa aos filósofos e a VERDADE que dizem perseguir.
Finalmente, inquiro. Se a Verdade é o objetivo principal da filosofia, por que motivo esse componente deve permanecer excluído do ternário, em favor da fugaz idéia contida no termo Igualdade?
Si’ora... ouça. Quando já no travesseiro de seu lar, medite quanto à coerência da minha intromissão na estrutura do ternário. 
     — Mas que fazer, Pão Doce, com o componente Igualdade? Vai pro lixo?
        — Não, não. Estará subentendida como parte do componente FRATERNIDADE. Porque não há Fraternidade onde uns olhem os demais, assim... de canto de olho, de cima para baixo, enquanto os de baixo, resignados, devam aceitá-los lá nas alturas - como convém que a humanidade inteira também se comporte, quando em adoração à divindade de minha celestial pessoa .
Por exemplo, causou-me grata surpresa sua rebuscada inteligência, ao apresentar-me um mote sutil, para esclarecimento a essa incalculável multidão que nos contempla e ouve.
Tanto é que, se for de seu concorde, poderei nomeá-la executiva do Ministério dos Pensadores, daquela minha futura pátria - presumindo a senhôoora já informada quanto a anterior prova de títulos, por mim exigida. E que deve ser a mim apresentada,  antes da assunção do cargo de tão elevada remuneração e prestígio,  cujo privilégio de exercê-lo em meio  à podridão, requererá seu  ferrenho combate aos idiotas do puritanismo ético.
     — Ai-ia-iai ia-iai! por acaso essa tal anterior prova de títulos a que se refere, não se resume naquela tão postulada  voltinha com você, em metrô lotado?
       — Sem alardes, minha querida... sem neura! Se, no ano passado, até aquela maioral, antes de assumir o cargo, se até ela me proporcionou várias voltinhas de metrô...  e que delícia! ... eu só curtindo o bamboleio, enquanto a gostosa esboçava seu leve riso de biquinho... hehehehhhh... foi a coisa mais deliciosa da minha vida! ...  — ora, se até ela se sentiu realizada e me fez feliz, por qual razão eu e a senhora não poderíamos, também, metrorear por horas inesquecíveis?
      — Sou comprometida, seu doido!
      — No início, todas dizem assim... Porém, mais  uns minutos de negociação para adaptação ao meu inigualável odor natural... e terminam por aceitar a nomeação.
Mais outro ali da roda se atreve com agulhas verbais...
— Agora, comigo aqui, Pão Doce ! Apesar da grande  distância que nos separa... tá me enxergando?
— Sim... ainda que você esteja perdido em meio dos gentios... Sim, consigo notar o seu insignificante  vulto.
— Então, me oriente, por favor, Pão Doce. Em troca prometo apoiá-lo em sua cruzada política, que, indubitavelmente, o conduzirá à suprema governança na pátria das suas doçuras.
Trata-se do seguinte. Minha sogra tem um imóvel a venda. Estou interessado no lance. Quem sabe se, após a venda, não  sobra uns trocados pra mim? Haverá incidência de algum imposto na venda? Você percebeu?  Quanto mais dinheiro sobre à velha, maior minha mordida.
—No momento... escusas. Não costumo suprir informações aos que vivem de sograr – o que me parece de seu mister. Mas... m’amigo, sua dúvida vale. É a mesma tida pelos milhões de meus eleitores que apinham esta praça.
Essa é minha realidade, caro rapaz! A de clarear mentes. É exatamente do que eu mais gosto, depois de contar moedas e planejar o perfil da ensolarada pátria dos meus ditames, em que muitos milhões de brancos risos dúbios me pagarão tsunames de tributos – sem direito a esperneios.
Assim sendo, assim será, naquela pátria em que você e sua sogra manterão recluso em suas cabeças o ódio que me dedicarem. E aí de vocês ! se ousarem externá-lo para além dos  seus miolos.
— Chega de conversa mole, ô cara ! Arrependo-me de lhe ter prometido meu voto, mesmo sabendo que você não passa de um falastrão; de alguém que pouco se aproveita do que diz. Se você não sabe nada dos tributos desta Pátria atual, não me interessa dos da pátria que governará. To saindo! E vou com Deus!
— Já vai tarde! Mas comigo não vai não!
Nisso, uma senhora de meia idade, cheia de picardia, a um metro de distância do debilóide, percebendo-o em pleno surto, aproveita fingindo voz gritante de quem está a uma centena de metros de distância...
— Mas eu me interesso, Grande Pão Doce... eu me interesso em saber desses tributos... Está me ouvindo? Estou aqui, de braço levantado, há uns cem metros de distância do seu palanque ... Consegue me enxergar?
Sim, quero saber dos tributos daquela pátria onde também serei sua eleitora e súdita !
O pinel percebe o embalo da cena sugerida... Espreme as pálpebras, coloca a mão espalmada entre a pala do boné e as sobrancelhas, como quem sombreia os olhos para melhor visualização a longa distância. Em seu entusiástico transtorno mental, dá posição erecta ao corpo, se enche de pose, estende olhar altivo e sereno, como que procurando alguém perdido a centenas de metros na imaginada multidão...
— Ah, agora a vejo, senhora!
Mas, por favor, mi'a considerada súdita, com esforço, ainda que ralando suas apetitosas nádegas na multidão, aproxime-se para ouvir com mais clareza os planos deste seu futuro imperador.
E segue gritando...
Isso... sim... agora sim. Distância boa, hein! Então vamos... repita-me sobre o que lhe interessa saberm mi'a si'ora...
— Repito: quero saber dos tributos daquela pátria onde serei sua eleitora e serva !
— Ahhh, perfeito! Huuummm... daquela pátria ensolarada de alvos sorrisos?
Então ouça-me: além da torrente escorchante com que a inundarei com meu intrépido tufão  tributário... por meio de mais um artifício copiado por meus instintos roedores, dia a dia me apropriarei do capital imobiliário dos meus súditos.
— Mas, Pão Doce... com que gênio efetivará o assalto?
— Simples, si’ora, sem artes sofisticadas. Neste caso, serei apenas plagiador do que por aí tenho constatado em pleno vigor.  Por leis toleradas pelo povo, a esse manterei em contínuo estado de resignação,  mantido na condição de ajuntamento de borregos vacilantes. Assim, eu e os meus burocratas de iminência parda,  baixaremos a genial norma, tributando prejuízos por nós, cinicamente, causados, mas por mim entendidos como sendo LUCRO IMOBILIÁRIO. E na maior cara de pau!
Com a pronta colaboração dos meus chupa-carcetines, do  Ministério dos Assaltos Fazendários, exigirei que até determinada data os proprietários de imóveis atribuam-lhes um valor “x” de mercado. Esse valor permanecerá fixo e perpétuo nas sucessivas declarações de imposto de renda de cada proprietário. Até este ponto vocês todos, desta multidão, estão me entendendo?
E o infeliz  crê ouvir o ressoar da suposta multidão...
— Siiiiimmm... Estaaamos...
—Então, agora, futuros súditos do meu império,  entendam o desenrolar da velha trapaça tributária...
Os referidos ministros bajuladores, da economia e da moeda - por mim nomeados à vista da velhacaria de que são capazes - ao serem incompetentes para gerar empregos em tempos de moeda estável, ano a ano apelarão para descontroles inflacionários da moeda. Por esse truque atingirei dois objetivos: primeiro - aumento na oferta de emprego pela artificial dinamização da economia inflacionada. Com essa bomba de retardo, ganharei simpatias e centenas de milhões de votos. Segundo – como se fossem lucros, tributaremos os prejuízos que causarmos aos súditos proprietários de móveis.
Agora, considerem. Há quinze anos, com o valor fixo de cem unidades monetárias, que você atribuiu a um seu imóvel, naquela ocasião, você compraria uma centena de empadões... Mas pela disfarçada desvalorização da moeda, durante o transcurso de uma década e meia... hoje você decide vender o mesmo imóvel, sem lucro, mas pelo valor suficiente à compra atual da mesma centena dos mesmos empadões, de quize anos passados. E verifica que para comprar a mesma centena dos mesmos petiscos, devido a desvalorização da moeda, agora você necessita vender seu  imóvel por duzentas e cinqüenta unidades monetárias. E o vende por esse preço, para preservar apenas o valor aquisitivo do passado.
Aí entro eu e os meus, com nossa cínica tributação plagiada de alguma outra pátria. Ou seja: a diferença (de cento e cinquenta unidades monetárias) havida entre o preço atribuído há quinze anos passados e o preço de venda de hoje, que simplesmente corrigiu o valor da inflação causada por meu maquiavélico governo... essa diferença, causada pela desvalorização da moeda, será considerada LUCRO IMOBILIÁRIO, tributado com percentagem cavalar.  
Essa arrecadação, de todos os súditos que alienem seus imóveis, será abiscoitada pelos meus cofres públicos, com  repasses de verbas orçamentárias a serem geridas por ladrões.
Desde já me emociono ao pressentir  a doce vida que eu e os meus teremos ao enrabar com toda voracidade a nossa pátria, ridente viúva morena...
Mas... Pão Doce do céu! Isso não é tributação... é descarada roubalheira!
— Mas, si'ora, quem lhe disse que não sou ladrão? se já está provado que esse é o meu estilo de governo?
        — Livrai-me, ó Santo Deus ! ...
        — Não adianta me implorar, si'ora... que eu não vou livrá-la, não!

Veja mais, clicando sobre: